quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Aspartame: uma doce polêmica

Ainda na onda de polêmicas alimentares, muitos rumores são associados ao uso de aspartame. O aspartame é um adoçante utilizado em vários produtos diet. Se você olhar os ingredientes de bebidas e produtos que consome, verá que ele está presente em vários deles. Se colocar a palavra "aspartame" no google, verá que encontrará várias ligações do aspartame a diversos problemas da humanidade. Mas e aí? Este composto tem sido difamado e caluniado em vão ou faz sentido essa especulação? Para falar sobre esta doce polêmica, os futuros engenheiros de alimentos Cindiele K. Zen, Kimberly Bonfante, Luana G. Cardoso apresentam o seu trabalho realizado na disciplina de Toxicologia e Higiene dos Alimentos, onde avaliam criticamente as publicações sérias sobre este tema e também fazem uma avaliação toxicológica do perigo real envolvido no seu consumo. Boa leitura!


    Que tal um aditivo que tenha calorias tão insignificantes que nem sejam consideradas? Que tenha um poder adoçante duzentas vezes maior ao do açúcar? Poder comer doces e não engordar? Eis o ASPARTAME, a solução dos seus problemas com a balança! Mas será que solucionando este, outros não podem surgir? Será mesmo tudo de bom ou há malefícios escondidos por detrás disso tudo? Será mesmo verdade que o aspartame pode causar câncer, derrames, esclerose múltipla, lúpus, problemas de memória e até mesmo tumores cerebrais? O que realmente se sabe é que existem muitos mitos e verdades na indústria alimentícia.
   
   Sim, realmente o aspartame é um edulcorante bastante poderoso, 24 miligramas equivalem a uma colher do nosso tradicional açúcar. Porém, oferece calorias vazias, sem nutriente algum. Além de ser sintético, hoje têm várias polêmicas em torno do mesmo. Estudos realizados pelo neurocientista Dr. Russell Blaylock aliam o consumo de aspartame a pelo menos 92 sintomas diagnosticados, incluindo enxaquecas, mudança de humor, náusea, perda de memória, insônia, arritmia cardíaca e dificuldades respiratórias. Estes são apenas sintomas leves, mas pesquisadores afirmam em alguns estudos que este aditivo tem ligação ao mal de Alzheimer.

Mas qual quantidade é preciso ingerir para causar isso tudo? O IDA (Índice Diário Aceitável) do aspartame é de 40 mg/kg de massa corpórea, ou seja, uma criança de 30 quilos pode ingerir 1200 mg de aspartame por dia, enquanto que um adulto de 60 kg, o dobro disso. Para ter uma noção, se pegarmos um refrigerante Zero calorias popular no Brasil, é preciso ingerir aproximadamente 10 latas de 350 mL para que se torne tóxico ao nosso organismo. Logicamente não há possibilidade de se ingerir esta quantidade de um produto só, porém, não podemos esquecer que o aspartame está contido em vários produtos, na linha light, diet e zero açúcar, portanto, deve-se ter precauções.

Apesar de todas as polêmicas envolvidas, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não proíbe o uso desta substancia e diz ainda, que não existem razões sólidas, de embasamento científico, para a adoção de uma medida sanitária restritiva do aspartame nos alimentos. Além do mais, este edulcorante pode ser sim, um grande aliado a pessoas com diabetes, que realmente não podem ingerir açúcar.


Vale lembrar que qualquer substância em excesso é prejudicial à saúde, então deve-se pesar os prós e os contras antes que se julgue que algo é prejudicial ou não à saúde.


Nota: Indivíduos com fenilcetonúria, uma doença genética, não podem consumir aspartame pois o seu metabolismo resulta em fenilalanina, um aminoácido que deve ser evitado por pessoas que apresentam essa doença.

2 comentários:

  1. Algumas considerações do cancer.org sobre aspartame:
    http://www.cancer.org/cancer/cancercauses/othercarcinogens/athome/aspartame

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  2. Muito bom este link! Obrigada pela participação ativa no blog, sempre muito consistente!
    Continue ligado!

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