quarta-feira, 26 de agosto de 2015

A atenção farmacêutica não é uma utopia

  As boas notícias precisam ser compartilhadas no intuito de que se espalhem e repercutam. E é neste ímpeto que hoje eu entrevisto a Farmacêutica Gabriela Klein Couto a respeito do excelente trabalho que ela vem desenvolvendo. Eu não conheço a Gabriela pessoalmente, mas fiquei sabendo do trabalho dela nas redes sociais e logo quis conhecê-la melhor. Entrei em contato e ela prontamente me respondeu, com aquele entusiasmo típico dos que mudam o mundo com o seu bom trabalho e empenho e agora eu apresento ela para vocês, com muito orgulho.

   A Gabriela é formada pela UFRGS. Concluiu o curso no final de 2014 e durante a graduação estagiou nas diversas áreas da profissão, como análises clínicas, indústria e assistência farmacêutica. Tudo isso a preparou para os desafios profissionais que hoje ela enfrenta como responsável técnica e uma das farmacêuticas envolvidas na assistência farmacêutica em uma das filiais da Rede Panvel, em Porto Alegre. Atualmente, ela também cursa o Mestrado em Farmacologia e Terapêutica, na UFRGS.

  Eu quis saber mais sobre como é o programa de atenção farmacêutica que a Gabriela está envolvida, pois embora no mundo acadêmico tenhamos certeza da importância deste trabalho, frequentemente ouvimos que no "mundo real" é inviável e há muitos empecilhos. Então faz muito tempo que eu queria conhecer alguém com vivência prática nesta área para falar sobre a realidade daqueles que removem os empecilhos e transformam o que muitos rotulam como utopia, em realidade. Vamos lá:


1   Como funciona o programa Atenção Farmacêutica Panvel?

Gabriela - Nosso atendimento de atenção farmacêutica conta com alguns programas pensados de forma a auxiliar o paciente em seu tratamento farmacoterapêutico. Entre os programas realizados temos: “revisão da medicação”, “programa primeiro tratamento” e o “ programa sempre bem”. A ideia é auxiliar os pacientes já diagnosticados a aderirem à seus tratamentos, além de otimiza-los, afim de atingirem o resultado terapêutico satisfatório.


· Revisão da medicação: Este programa tem por objetivo revisar todos os medicamentos que o paciente faz uso (ou não). Analisamos a validade, possíveis interações entre os medicamentos e alimentos, reações adversas, efeitos indesejados, auxiliamos na organização, identificamos as indicações, orientamos sobre qual a melhor forma de armazenar.

· Programa Sempre Bem: Voltado para pacientes com diagnósticos de hipertensão, diabetes, hipercolesterolemia, por exemplo. Tem por objetivo acompanhar o tratamento, sanando dúvidas, visando sempre a busca pelo melhor resultado terapêutico.

·  Programa Primeiro tratamento: Indicado para os pacientes que estão iniciando um tratamento. Sanamos dúvidas, auxiliamos na adaptação ao tratamento e observamos os resultados.

Realizamos também o acompanhamento da pressão arterial e glicemia capilar, com o intuito de verificarmos se o tratamento medicamentoso está sendo efetivo.

 Há quanto tempo estes programas estão sendo realizados e qual o impacto dos programas para a farmácia?

Gabriela - O projeto atenção farmacêutica Panvel está sendo implantado na rede desde 2014. Atualmente contamos com 4 lojas capacitadas para realizar os serviços. A filial a qual estou ligada inaugurou em agosto deste ano (2015).
O impacto do programa é muito positivo. Sabemos que é uma área nova ainda para os pacientes, no entanto, eles têm aceitado bem a proposta de um atendimento clínico pelo profissional farmacêutico. Além de sabermos que o paciente acaba fidelizando-se a farmácia.

    Como é a aceitação da população e da classe médica a este tipo de abordagem?

Gabriela - A aceitação é muito boa por ambas as partes. Acredito que o importante, com relação aos médicos, é fazermos eles entenderem o que é esse novo serviço, qual a nossa proposta. Afinal, o paciente será o maior beneficiado com este trabalho em conjunto. A saúde clama por um trabalho multiprofissional. Sabemos que, hoje em dia, o paciente é compartilhado por diversos profissionais da saúde: médicos, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, farmacêuticos, etc. Somos todos responsáveis pelo sucesso terapêutico. E sempre deixamos claro que a ideia não é um diagnóstico e sim o auxílio a um diagnóstico já existente. A comunicação médico-farmacêutico-paciente é essencial.
E para os pacientes é algo novo, assim, precisamos dedicarmos a ensiná-los o quanto estes serviços podem ser positivos em seus tratamentos.

    Na sua opinião, a Atenção Farmacêutica veio para ficar?

Gabriela - Com certeza! A Atenção Farmacêutica é um caminho sem volta. Muitos colegas têm-se especializado/capacitado na área clínica. Acredito que esta área é o futuro da nossa profissão.
Nós, farmacêuticos, temos muito conhecimento e precisa colocá-lo em prática. A saúde de nossos pacientes agradecem!

   Muitos farmacêuticos empregados de grandes redes gostariam de ter espaço para oferecer serviços farmacêuticos, porém ainda há algumas dificuldades de aceitação por parte de alguns gestores. Que conselho você daria para os colegas de profissão que se encontram nesta situação? Como começar a prestar um serviço diferenciado?

Gabriela - O primeiro passo é mostrar para os gestores que estes serviços trazem retorno para o estabelecimento. Comecem por campanhas/ ações para a população, mostrem o conhecimento que temos quanto profissionais de saúde, nestas campanhas os pacientes acabam conhecendo os serviços que podemos oferecer.
Além disso, estar preparado para assumir estes serviços, capacitando-se constantemente é de suma importância, pois hoje vivemos na era da internet, e assim nossos pacientes buscam a fundo saber sobre seus problemas. Não podemos ser superficiais.

     Por fim, a Gabriela deixou uma mensagem para os futuros colegas de profissão que estão cursando Farmácia neste momento:

Gabriela - Queridos futuros colegas de profissão!
Saibam que cada passo, cada prova, cada momento dentro da faculdade de farmácia vale a pena e será recompensado por meio da gratidão de cada paciente que vocês vierem a atender aqui fora, no nosso mundo real!
Se preparem, estudem, precisamos de pessoas motivadas e focadas a fazerem diferente.
Vocês são o futuro da nossa profissão! Precisamos de profissionais preparados.
E lembrem-se sempre: Os diferenciados sempre acabam se destacando.

Muito obrigada, Gabriela pela atenção e pela disponibilidade! Parabéns pelo teu trabalho, com certeza quando for a Porto Alegre vou querer conhecer de perto! E parabéns também à Rede Panvel por oferecer um serviço diferenciado e alinhado com o real sentido de um estabelecimento farmacêutico: serviço de saúde e não mero comércio.

E se você quiser saber mais sobre o assunto ou conhecer a Gabriela, ela também se colocou á disposição para mostrar a estrutura da farmácia onde ela trabalha! :)



terça-feira, 11 de agosto de 2015

Sobre sistema tampão e influência da dieta

  Esse post é especial para os alunos da Nutrição, disciplina de Bioquímica, que estão um pouco apavorados com o conteúdo da disciplina. Ao fim da leitura, certamente chegarão a conclusão que um bom nutricionista deve dominar os conteúdos que estamos trabalhando para compreender e intervir de maneira satisfatória.

  Procurando assuntos atrativos para esta turma, me deparei com vários sites defendendo a "dieta alcalina" como uma boa forma de prevenir doenças como câncer e osteoporose. É o gancho que eu precisava para falar sobre os tampões do organismo e analisar, até o momento, se existem ou não evidências científicas que apoiem tal teoria.
  
 Um parênteses: evidências "científicas" sempre existem, para toda afirmação que quisermos. Cabe ao profissional julgar a qualidade da evidência. E em ciência, o conhecimento pode ser transitório à medida que surgem novas evidências, que é o que realmente dá graça a isso tudo.

   Vamos lá:

  O pH do nosso sangue é cerca de 7.4. Este equilíbrio ácido básico deve ser mantido para o bom funcionamento do organismo através de um equilíbrio entre a produção e a eliminação de H+. Conforme podemos ver na figura abaixo, contribuem para o conteúdo de H+ do organismo a degradação de aminoácidos provenientes das proteínas da dieta, a respiração e os rins.

Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732008000100010

  Quando há perturbações neste equilíbrio, temos uma situação de acidose metabólica (quando o pH dos fluidos corporais fica abaixo do normal, portanto ácido). Nestas situações, ocorre um aumento da taxa de respiração, em uma tentativa de excretar o H+ e pode ocorrer uma sobrecarga renal, também tentando excretar o H+ excedente. O paciente pode sentir o coração acelerado, dor de cabeça, cansaço, náusea, vômito e até confusão mental, dependendo da gravidade e duração desta situação.
   Por outro lado, quando os fluidos corporais ficam alcalinos, temos um quadro de alcalose metabólica. Esta situação pode acontecer, por exemplo, durante uma crise de ansiedade quando ocorre hiperventilação respiratória (e consequentemente, eliminação do CO2 que contribui para baixar o pH. Isto pode ser atenuado ou corrigido quando se respira dentro de um saco de papel. Esta prática se fundamenta no aumento do CO2 que é obtido com este tipo de abordagem pois você inspira novamente o gás carbônico que acabou de expirar).

  Para auxiliar na manutenção do pH dos fluidos corporais, temos os sistemas tampão.  Estes sistemas conseguem manter o pH sem grandes flutuações em uma determinada faixa de pH. Um importante sistema tampão do sangue é o sistema gás carbônico/bicarbonato, que promove a compensação respiratória aumentando/diminuindo o gás carbônico.

A teoria que suporta a dieta alcalinizante 


   Segundo os defensores da teoria, a hidrólise de proteínas gera ácido fosfórico e a oxidação de aminoácidos contendo enxofre (metionina e cisteína) gera ácido sulfúrico, contribuindo para a acidose. Porém, quando este ácido entra no sangue, ele é tamponado pelo bicarbonato em uma reação que resulta em um sal neutro (NaSO4), gás carbônico e água. O CO2 é eliminado pelos pulmões e o sal é transportado para os rins.


Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732008000100010


  Pela teoria da Dieta Alcalina, a excreção ácida renal é bastante influenciada pelos alimentos. Por isso, existem modelos matemáticos para estimar a carga ácida potencial em alimentos. Os alimentos ácidos seriam os alimentos como carne e alimentos industrializados e embutidos, enquanto que os alcalinos seriam frutas e minerais. Logo, defende-se que a ingestão dos alimentos alcalinizantes poderiam contrabalancear os efeitos negativos de uma dieta rica em alimentos ácidos.

  Mas isso faz sentido?

  Bem, ingerir algo ácido ou básico não irá impactar diretamente no pH do nosso sangue. Do contrário, ao ingerir algum refrigerante a base de Cola (ácidos), teríamos problemas oriundos dessa flutuação de pH sanguíneo. Há várias experiências que mostram que expor um osso de galinha à coca-cola por algum tempo faz com que o osso se dissolva e no entanto, sabemos que as pessoas ingerem tais bebidas com grande frequência e no entanto não apresentam sintomas de acidose, logo, o organismo tem os mecanismos para se manter estável. Acontece que o que ingerimos terminará sempre com o mesmo pH no intestino, independente do seu pH inicial, e só depois de passar pelo intestino é que atingirá o sangue.

  De fato há estudos que mostram que o pH em volta de células tumorais tende a ser mais ácido devido às diferenças metabólicas entre as células normais e tumorais. Mas, até o momento, não existem evidências científicas fortes para apoiar a teoria de que os tais alimentos alcalinizantes teriam um efeito protetor ao câncer devido a estas alterações de pH.

   Então não há associação entre uma alimentação rica em frutas e minerais e a prevenção do câncer?

   Lógico que há! Pois os ditos alimentos alcalinos são saudáveis e todos sabem que uma dieta rica em frutas e minerais melhoram o metabolismo, a função intestinal e o funcionamento de todo o organismo. Porém, segundo o Instituto Americano de Pesquisas sobre o Câncer (American Institute for Cancer Research), provavelmente, os benefícios estão relacionados à dieta balanceada e rica em nutrientes e minerais, e não com o tal potencial alcalino.

  Para finalizar este post, gostaria de esclarecer que o conteúdo de hoje é uma discussão sobre um conteúdo básico da disciplina de Bioquímica e que pretende demonstrar que a química aplicada a sistemas biológicos é muito interessante. Como farmacêutica, não estou apta a sugerir dietas. Isso é com os nutricionistas, profissionais pelos quais tenho o maior respeito e tenho o orgulho de atualmente ministrar aulas de disciplinas básicas. 

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

A farra dos bancos privados de células tronco de cordão umbilical

   O sangue do cordão umbilical, outrora descartado sem qualquer questionamento, passou a ter um valor precioso nos últimos anos. Isto porque este sangue é uma fonte importante de células tronco hematopoiéticas. O conceito de "células tronco", muitas vezes não é bem compreendido, mas é inegável que a este termo associa-se toda uma esperança no tratamento de diversas doenças.
   
  Sendo assim, primeiramente, cabe esclarecer o que são as células tronco. São células ainda imaturas e portanto indiferenciadas, que possuem habilidade de autorrenovação e de diferenciarem em diferentes tecidos. Esta capacidade de diferenciação (ou seja, tornarem-se células de diferentes tecidos) depende da sua origem. Existem as chamadas células tronco embrionárias, que são capazes de originar os diferentes tecidos de um organismo humano. Tais células são obtidas do interior do blastocisto, de um embrião em fase anterior à nidação (processo de fixação do óvulo fecundado no útero). A grande vantagem destas células é que possuem uma maior plasticidade e são menos imunogênicas (ou seja, no caso de um transplante, teoricamente a chance de rejeição seria muito menor). Porém, por causa desta plasticidade, os estudos demonstram a necessidade de diferenciá-las no tipo celular pretendido em laboratório, antes de implantar no paciente que receberá estas células. Embora pareça simples, este processo é bastante complexo e por isso é muito importante que possamos estudar e compreender o verdadeiro potencial destas células. No Brasil, atualmente, a Lei de Biossegurança permite os estudos e terapia com células tronco embrionárias apenas provenientes de embriões humanos fecundados e produzidos por fertilização in vitro e não utilizados, portanto, descartados por serem inviáveis, congelados há mais de 3 anos e com o consentimento dos doadores. 

   Há também as chamadas células tronco adultas. Nos mais diversos tecidos do nosso organismo, temos os chamados "compartimentos tronco", com células tronco adultas que são capazes de repor as células perdidas daquele órgão. Por exemplo, imagine que você bebeu demais no final de semana. Por causa deste excesso, o seu fígado sofreu lesões, que podem estar associadas a morte de hepatócitos que precisam ser repostos. A nossa pele é outro bom exemplo da renovação: quando nos cortamos, células epiteliais são perdidas e precisam ser repostas. Mesmo quando não nos machucamos, o processo natural da passagem do tempo é haver uma renovação celular. Caso não fosse assim, ao usarmos um esfoliante perderíamos uma grande quantidade de células que jamais seriam repostas. Apesar de termos vários tipos de células tronco adultas espalhadas pelos nossos órgãos, cada tecido tem um padrão de renovação. Por isso, a reposição de uma célula epitelial é incomparavelmente mais fácil do que uma perda neuronal. As células adultas apresentam um potencial bem menor de plasticidade. O sangue de cordão umbilical é uma fonte de células tronco adultas hematopoieticas, assim como as encontradas na medula óssea. A sua coleta é muito fácil e indolor para mãe e bebê, conforme demonstrado na figura abaixo:


    Atualmente, estas células podem ser consideradas promissoras para o tratamento de doenças hematológicas, quando há necessidade de transplante. Para isso, é preciso armazenar estas células e existem duas modalidades de bancos de armazenamento: os bancos públicos e os bancos privados.
   
  Se você fizer uma busca no google, verá que existe um apelo comercial muito forte para o armazenamento das células tronco do cordão umbilical e placenta. Alguns bancos privados alegam que armazenar este material é o melhor seguro de vida para o seu filho e que é uma atitude de quem deseja maior segurança para a sua família. Este tipo de apelo explora um período de vulnerabilidade dos futuros pais que se sentem praticamente "obrigados" a contratar estes serviços, ainda que cobrem um preço bastante alto. Lembro que quando morava em Portugal conheci um banco que enviava o kit para coleta de células pelo correio e após o procedimento recebia novamente o material via correio. Embora a coleta seja fácil, é essencial esclarecer que precisa ser feita por pessoa treinada e especializada e para se manterem viáveis, é importantíssimo que todos os cuidados de armazenamento sejam observados. Outro problema da abordagem de alguns prestadores destes serviços são as falsas promessas de que estas células serão boas alternativas para qualquer doença que seu filho tiver. Isto não é verdade!

- O sangue de cordão umbilical possui células tronco adultas hematopoiéticas, mas não as mesenquimais, e por isso, grande parte da indicação terapêutica são as doenças hematológicas e não as demais doenças. 

- O armazenamento de sangue de cordão umbilical tem um potencial muito maior se pensarmos coletivamente do que individualmente. Isso porque grande parte das doenças que podem ser tratadas com estas células precisam de células de outro doador e não das células da própria criança. Portanto, provavelmente se o seu filho precisar de um transplante, as células que serão utilizadas não serão as do cordão desta gestação. Nem sequer existe um número razoável de casos de transplante  destas células para o próprio doador documentado...

- Pensar nestas células como um seguro familiar também não é boa ideia. Isso porque a compatibilidade ideal é de 100%. Em raros casos, aceita-se cerca de 70% de compatibilidade, e não 50% de compatibilidade (que acontece entre pais e filhos). 

   E por isso é muito importante que sejamos doador de medula óssea, onde também se encontram estas células tronco hematopoiéticas. 

  A principal diferença entre os bancos públicos e privados de armazenamento de células tronco de cordão umbilical e placenta é que os privados armazenam para o uso próprio, enquanto que nos públicos, o armazenamento é feito em prol do uso de qualquer um que precisar (sendo da família ou não). A chance de você ou do seu filho precisar de um transplante é pequena, ainda bem. Mas caso ele precise, as chances de ele se beneficiar com um transplante destas células aumentam quanto mais pessoas forem doadoras de medula óssea ou de sangue de cordão na modalidade pública. No Brasil, os nossos bancos públicos são de responsabilidade da Rede BrasilCord e os custos destes tratamentos são cobertos pelo SUS.
    Particularmente eu sou a favor do armazenamento apenas nos bancos públicos. Mas lembre-se: armazenar as células do cordão do seu filho não garante acesso a tratamento nenhum quando necessário e caso você opte por não armazenar essas células, você também não estará "excluído" dos benefícios de um transplante ou tratamento baseado nesta tecnologia.

   Se você quiser saber mais sobre este assunto, compartilho aqui o link de uma matéria muto interessante com a Professora Patrícia Pranke, referência no estudo das células tronco que esclarece várias questões do público leigo. Ainda, vale a pena conferir este artigo da mesma autora, especialmente os futuros pais que são bombardeados com falsas promessas dos bancos privados de armazenamento de sangue do cordão umbilical. Por fim, também vale a pena conferir este material produzido pela ANVISA com o objetivo de orientar os futuros pais.