Outro ponto polêmico na área alimentar é o uso de corantes. As alunas do curso de Engenharia de Alimentos Bruna Ribeiro, Elenara Araújo e Giulia Caregnato discutem a segurança destes compostos no post de hoje. Boa leitura!
A aceitação do produto
alimentício pelo consumidor está diretamente relacionada a sua cor. A coloração é a primeira qualidade sensorial pelo qual os
alimentos são julgados e, portanto, o setor alimentício preocupa-se
tanto com a aplicação de cores e obtenção de alimentos que atendam as
expectativas dos consumidores. Já imaginou comer um sorvete de morango sem cor?
Beber um refrigerante sabor laranja de água com gás? Pois
é, ainda bem que os corantes fazem parte da nossa vida. Porém, há muito
questionamento sobre a utilização dos corantes artificiais para nossa saúde.
O uso de corantes como aditivos alimentícios tem sido
altamente explorado em alimentos tais como sucos, balas, guloseimas, gelatinas
e refrigerantes. No entanto, tem também aumentado a preocupação quanto aos
riscos toxicológicos desses produtos e/ou seus metabólitos no organismo humano
(FERREIRA, et al., 1998).
Corantes são aditivos alimentares
definidos como toda substância que confere, intensifica ou restaura a cor de um
alimento. Existem três categorias de corantes permitidas pela legislação para
uso em alimentos: os corantes naturais, o corante caramelo e os corantes
artificiais.
Os corantes
artificiais são uma classe de aditivos sem valor nutritivo, introduzidos nos
alimentos e bebidas com o único objetivo de conferir cor. Por esse motivo, do
ponto de vista da saúde, os corantes artificiais em geral não são recomendados.
No Brasil, o Ministério da Saúde (Act. No 55871/65, de 1965), tem permitido o
uso de poucos corantes sintéticos em artigos alimentícios, em concentrações
rigorosamente controladas. A lista de corantes permitidos varia de cada país
devido sua diversidade, com isso, se estabeleceu legislações para controlar seu
uso.
Os corantes se
utilizados nos limites da legislação não fazem mal à saúde, de acordo com
estudos toxicológicos da ANVISA. Porém o consumo em excesso dessas substâncias
podem trazer malefícios a saúde.
Em entrevista, Fernando
Gianninni afirma que “Os artificiais são, geralmente, mais propensos a efeitos
colaterais de cunho alérgico por sua origem sintética e sua matéria-prima
original. Ainda assim, apenas uma minoria de pessoas são sensíveis a esses
aditivos”.
Além das reações
alérgicas que podem acometer qualquer pessoa, estudos recentes apontam que
corantes e conservantes podem estar relacionados à hiperatividade e a
distúrbios de concentração em crianças. O estudo do consumo de aditivos em relação à saúde pública brasileira mostra divergência de resultados quanto ao aparecimento de câncer.
Tendo em vista a
grande polêmica em relação aos corantes, é necessário ter bom senso. Neste link, a ANVISA lista todos os
corantes permitidos e proibidos por lei, cabendo a nós verificar os rótulos das
embalagens e dosar o consumo destas substâncias, pois muitos estudos apontam
riscos para a saúde humana.
Os corantes são tão amplamente utilizados na indústria de alimentos que, só por curiosidade, eu queria ver se alguém compraria alimentos sem corantes expostos nas prateleiras dos mercados.
ResponderExcluirEm países europeus não tem tanto corante como aqui. Os iogurtes brancos continuam sendo vendidos, mesmo com gosto de morango. Acho que é questão de costume!
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